No Acre, estudantes da Educação no Campo devem ficar atentos ao retorno das atividades do ano letivo de 2020

retorno das atividades remotas

24.02.2021

Diante das adversidades de um ano atípico, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE),  tem se empenhado para garantir a continuidade do ensino aos alunos da rede pública, sobretudo na modalidade de Educação no Campo, que, além dos desafios da pandemia, enfrentam a incidência do período chuvoso na região, ocasionado pelo inverno amazônico.

A equipe de gestão, do ensino e de logística do Departamento da Educação do Campo tem desenvolvido estratégias pedagógicas para contemplar os 38.778 estudantes das regiões rurais. Tendo em vista os desafios do o as unidades do campo, a comunidade escolar adapta as resoluções de ensino em um formato específico, dentro das condições de cada aluno.

Devido ao aumento de casos de Covid-19 no Estado, a Educação, seguindo as medidas sanitárias estabelecidas pelo novo decreto estadual, retornou às atividades de ensino de forma não presencial, para o encerramento do ano letivo de 2020, na última segunda-feira, dia 8, que será concluído em março.

Posteriormente, haverá um recesso em abril, com retorno para o início do ano letivo de 2021 previsto para maio, que será executado de acordo com o cenário da pandemia no Acre.

Educação estadual retorna as atividades de ensino de forma não presencial, para o encerramento do ano letivo. Foto: Cedida


Seguindo o plano de execução das atividades remotas normatizado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), a SEE trabalha para adaptar as diretrizes de acordo com o cenário das 300 unidades do campo do Estado. Dessa forma, as escolas das regiões de fácil o retornam às atividades junto com as demais.

Já nas escolas localizadas em áreas de difícil o, o início do encerramento do ano letivo de 2020 será retomado em março, com o término em abril e, posteriormente, o início do ano letivo de 2021 previsto para maio.

Segundo o chefe do Departamento de Ensino do Campo, Claudio Ferreira, em algumas unidades, localizadas em comunidades isoladas, não foi possível o início do ano letivo de 2020. “Por conta do difícil o, iremos trabalhar de forma concomitante os anos letivos de 2020 e 2021, apenas nessas escolas mais isoladas. São medidas para que nenhum estudante tenha o ensino-aprendizagem prejudicado”, explica o chefe do departamento.

Tendo em vista a necessidade de adaptação das escolas rurais, a Divisão de Ensino no Campo realiza uma série de medidas para instruir a comunidade escolar, como, por exemplo, a realização de uma formação continuada, com professores e gestores, sendo de cunho formativo e informativo, iniciada em fevereiro, nos 22 municípios do estado.

Além disso, a Divisão de Gestão organizou na sexta-feira, dia 5, uma webconferência com os coordenadores de núcleos de educação, para debater as diretrizes do novo decreto.

Webconferência com os coordenadores dos núcleos de educação da rede estadual. Foto: Cedida


Levando conhecimento às regiões mais isoladas

Além de construir a metodologia de ensino, a equipe da Educação do Campo elabora ações de acompanhamento pedagógico, monitorando as atividades remotas, como as audioaulas e videoaulas, veiculadas pelo Programa Escola em Casa, desde a paralisação das aulas presenciais. “90% dos alunos da comunidade escolar do campo acompanham as aulas por meio de material impresso, fornecido pela SEE, devido à falta de o à TV e ao rádio”, salienta Priscila Pinheiro, chefe de divisão.

A SEE intensificou a elaboração e distribuição de kits pedagógicos aos estudantes. Foto: Mardilson Gomes


A SEE intensificou a elaboração e distribuição de kits pedagógicos aos estudantes, bem como a entrega de cerca de 420 novos computadores da marca Dell, nas unidades rurais.

Segundo Silvia Carla Maciel, chefe da Divisão de Gestão das Escolas do Campo, a equipe elaborou, ainda, um banco de dados de atividades pedagógicas. “Todas as escolas do campo do estado terão o ao banco, compartilhando conhecimento e proporcionando um ensino-aprendizagem linear”, disse.

Texto: Jorge Feitosa/ Ascom SEE